Igrejas cristãs se unem para discutir sobre o Sistema único de Saúde (SUS)

Representantes das religiões católica, batista, mulçumana, de matriz africana e judeus se reuniram nesta sexta-feira (01) durante a XII Assembléia Anual do Fórum Inter-religioso de Saúde, que teve como compromisso mobilizar e solidarizar-se com a população na defesa dos direitos sociais, principalmente na questão da saúde.

De acordo com o secretário Estadual de Saúde, Washington Couto, o fórum é um espaço democrático que possibilita uma discussão mais aprofundada da questão da saúde. “Com a Constituição Federal a gente ganhou a força dos conselhos de saúde. Nós só vamos crescer se estivermos juntos. Nós precisamos fazer uma profissão de fé diante da saúde”, afirmou.

Realizado pela primeira vez no ano de 2002, o evento tem como principal objetivo debater os assuntos de saúde no âmbito religioso e, com isso, fortalecer o controle social. “O SUS [Sistema único de Saúde] não funciona 100% porque falta participação. O fórum foi criado para, junto aos conselhos, fortalecer o controle social. Quando entramos para este encontro, as diversidades religiosas desaparecem, pois estamos numa luta comum”, afirmou o coordenador da Pastoral da Saúde, padre Jorge Brito.

O sacerdote do Terreiro Mokambo, Tata Anselmo também participou do evento, representando as religiões de matrizes africanas. “Esse evento é extremamente importante. A inter-religiosidade é o ponto onde nós nos reconhecemos diferentes, mas iguais ao mesmo tempo. Todos nós, independente da religião, temos problemas de saúde, então nós precisamos nos unir. Eu acho essa união fantástica. É isso que faz o ser humano se sentir mais ser humano”, disse.

Para o líder da comunidade Mulçumana em Salvador, Sheik Ahmad, iniciativas como essa são fundamentais. “Esse fórum é o que a gente está precisando. O mundo não precisa de guerra, mas sim de paz. É possível conviver juntos, é possível viver em paz”, assegurou.

Fotos: Sara Gomes